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“CARTAS A UM JOVEM POETA”, de RAINER MARIA RILKE

May 23, 2017

Quando li este livro pela primeira vez, eu tinha 13 anos. Um professor fez comentários a respeito da referida obra e logo me interessei em ler as tão famosas cartas.

(Não é de hoje que as cartas exercem um grande fascínio em mim. Minha mãe e minhas tias tinham uma caixa cheia de cartas amarradas com fita de seda. A letra e o papel de cada carta despertavam na minha mente de menina uma curiosidade incontrolável. As donas desses baús de papelão, acreditando que eu não entenderia o conteúdo das cartas, permitiam o meu acesso a elas. Meu pretexto era arrumá-las melhor, mas eu lia algumas.

Com 10 anos, passei a exercer um ofício que me deixava contente e cheia de responsabilidade; a de “escrivã” das cartas da família. Daí, até alcançar Rainer Maria Rilke e suas “Cartas a um jovem poeta” foi questão de continuidade de uma experiência agora elevada a um outro patamar. Não comparo as cartas que li aos 6, 7 anos, com as “Cartas a um jovem poeta”, mas cartas são cartas e sempre têm algo em comum. De certa maneira, a vida me preparava para que eu pudesse merecer extasiar-me com essa e com tantas outras leituras.)

Lia e relia as palavras de Rilke, sem entender tudo, mas o que eu entendia era o suficiente para mim naquele momento. Transcrevia as frases que mais me tocavam e, talvez por falta de algo mais interessante para fazer, tentava aplicar à minha vida o que Rilke dizia a Kapus.    

Hoje, ao indicar “Cartas a um jovem poeta” aos meus alunos, releio os textos de Rilke e esses me parecem ainda mais atraentes, mais claros e mais atuais.

Somos as nossas escolhas.

Como a maioria dos jovens pós-modernos confundem velocidade com pressa, como quase todos sofrem de ansiedade excessiva e se encontram demasiadamente ocupados, focados em dispersões e superficialidades, ler “Cartas a um jovem poeta” significa para eles um pesado castigo. Uma atividade inútil e, por isso, rejeitada de imediato. Alunos de agora, salvo raríssima exceção, não perdem tempo com bobagens. Os muitos que ameaçam ler “Cartas a um jovem poeta”, não as leem. Os poucos que as leem, fazem uma leitura apressada, tropeçando nas palavras, distorcendo conteúdos e fingindo que entenderam absolutamente tudo. Enfim, os que dizem que não irão ler nem uma das dez cartas, certos do que escolhem, cumprem à risca a decisão e demonstram apenas que sequer se aproximam da possibilidade de serem alguém de sensibilidade diante de um texto genial.  São os “Kapus” da pós-modernidade. Em síntese, são a pura certeza de que sabem tudo, são céticos em relação a conteúdos que nunca visitaram, são curiosos apenas quanto àquilo que lhes interessa e lhes é conveniente, acomodam-se demais e, creio, Rilke não perderia uma fração de seu precioso tempo escrevendo-lhes cartas.

Rilke escreveu “Cartas a um jovem poeta” e nosso trabalho, nosso prazer, ou nosso prazeroso trabalho, resume-se em somente lermos e depreendermos o que ele criou. Embora isso, não tem jeito; para os “Kapus” pós-modernos que se comunicam monossilabicamente, com um “oi”, um “ok”, um “kkk”, ou com os “emoticons”, semelhante “tortura” está fora de cogitação. No entanto, para os que se propõem a ler obras importantes e essenciais para a formação pessoal e melhor entendimento da vida e do mundo, o lucro é vantajoso para si e para a sociedade.

“Cartas a um jovem poeta “ não é livro de autoajuda. É livro de reflexão.

Embora as cartas de Rilke ao jovem Kapus contenham um teor metalinguístico quase restrito à arte poética, seu conteúdo se amplia e se estende a todas as circunstâncias da vida.

Tenho 67 anos e continuo a me elaborar. Leio e releio “Cartas a um jovem poeta”, de Rainer Maria Rilke, e recomendo sua prazerosa leitura.     

“70 historinhas” de Carlos Drummond de Andrade

April 08, 2017

“70 historinhas” que leio e releio sempre extraindo bons aprendizados e outros proveitos.

Este livro que diverte o leitor está sendo vendido na Internet por 6,00.  Mas, se não quiser gastar esta fortuna, você poderá, de graça, ler as crônicas de Drummond de Andrade. E você que é internauta sabe disso melhor que eu.

Embora a comicidade, há umas gotas de ironia em cada texto. Drummond era assim: doce, grave e irônico. A ironia é que faz a historinha ficar mais engraçada. Igual a doce, que precisa receber um pouquinho de sal para acentuar seu sabor. Todas as páginas tratam do que é humano e até costumeiro no cotidiano e, por isso mesmo, o autor e todos os leitores acabam por se encontrar aqui e ali.

Um livro composto por 70 historinhas, mas, se fosse apenas por uma, “Caso de Chá”, já seria suficiente para eu e milhares de outras pessoas o indicarem como prazerosa leitura. Um livro sem idade e para todas as idades que saibam ler ou apenas ouvir.

Cópia do: “OBEDECER? REBELAR-SE?”

March 20, 2017

Eis o livro para ser lido urgentemente, de um fôlego, pelos responsáveis por crianças e adolescentes e também pelos governantes e povo brasileiro. A tirania familiar e a governamental ainda persistem e precisam ser combatidas todos os dias.

Precisamos mostrar aos governantes que o poder que lhes foi atribuído tem limites. Esse poder termina quando não há o consentimento do povo.  

Leia este livro de poucas e incisivas páginas e reaja sabiamente contra os abusos e as conversas fiadas daqueles que, ao invés de cumprir o dever de respeitar a Infância, a Adolescência e o Povo, usam do poder para oprimir, aprisionar e subtrair direitos e a sagrada condição humana.

Eu recomendo a leitura deste livro da filósofa e escritora francesa Valérie Gérard, com intrigantes ilustrações de Clément Paurd e tradução de Adriana de Oliveira.  Editora ALAÚDE.

Um livro desconcertante, mas útil para clarearmos a nossa mente quanto a temas da maior importância como Pais e filhos, Educador e Educando, Governo e Povo e qualquer outra relação que comporte a possibilidade da coexistência da OBEDIÊNCIA e da REBELIÃO.

Quase um livro de bolso, premiando o leitor com sábias e fustigantes palavras de Simone Weil, Rousseau, Thomas Jefferson e Hannah Arend. São de Thomas Jefferson as frases a seguir:

“Admito que uma pequena rebelião de tempos em tempos é uma coisa boa”. “As rebeliões chamam a atenção de todo o mundo para as violações aos direitos do povo”. “É um remédio necessário para a boa saúde do governo”.

Que tal? Gostou? Se gostou, sugiro que leia o livro todo. Se não gostou, então, mais do que nunca você precisa ler este livro.

Já li e reli este livro

February 27, 2017

Este livro permanece pendurado na porta do meu quarto. Olho para ele todos os dias e assim, para mim, ele funciona como um alerta quanto a viver mais e viver bem.

Vivemos Mais ! Vivemos Bem ? Por uma vida plena.

Autores: Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios

Editora: Papirus 7 Martes

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